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O luto não é uma doença.

O luto é um processo multidimensional que todos iremos vivenciar em virtude do vínculo estabelecido com aqueles que nos morrerem.

Surge-nos sempre como uma crise, no sentido, em que é inesperada a forma e a força da sua vivência, mesmo quando antevemos que a morte de alguém que amamos está próxima.

Sobretudo, o luto não permite um retorno à condição de saúde anterior como uma gripe o permite. Há vida depois da morte dos que nos morreram, mas nessa vida, ninguém volta a ser a pessoa que era antes da perda dessa pessoa que amava. Isso não é bom nem mau, é o que é – também não voltamos a entrar num relacionamento amoroso, sendo as pessoas que éramos no anterior, por exemplo.

Agora, apesar do luto não ser uma doença, o luto pode apresentar expressões que se traduzam num mal-estar clinicamente significativo, impedindo a pessoa enlutada de continuar a sua vida na esfera social, profissional, familiar ou outra que seja importante para si.

Algumas pessoas enlutadas vão continuar a sentir, passe o tempo que passar, muita saudade, uma intensa dor emocional e ansiedade perante a ausência de quem lhe morreu. Outras vão sentir uma dormência emocional como se nada passasse por elas e com elas – um perpetuar do choque e da confusão inicial. Por vezes, manifesta-se um sentimento de amargura, uma dificuldade em aceitar a perda e confiar nos outros e um evitamento de lugares, objetos e memórias que espoletem recordações.

Estas vivências de luto prolongadas no tempo trazem um sentimento de vida vazia, sem significado ou propósito. Nestas situações, a consulta de psicologia do luto torna-se uma intervenção urgente e necessária para resgatar a pessoa enlutada para uma vivência de luto sadia.

Contudo, a consulta é uma mais-valia para todas as pessoas enlutadas que queiram facilitar a sua vivência de luto, compreendendo-a de forma aprofundada e desejem vivê-la acompanhadas por um profissional de saúde mental que se especializou em estudar a temática da perda.

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